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Alfenas, MG, Brazil
PENSADOR POR NATUREZA, GEÓGRAFO POR OPÇÃO.

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Antidepressivos na água fazem com que camarões se “suicidem”

Não é brincadeira! Enquanto antidepressivos são feitos para melhorar a saúde mental dos humanos, o oposto acontece com camarões, que parecem desenvolver tendências suicidas se expostos à droga conhecida como fluoxetina.
Camarões normalmente nadam em águas mais escuras, para não serem expostos à luz virando presas fáceis para pássaros e outros predadores. Mas camarões que tiveram contato com a fluoxetina nadam em direção à luz, colocando-se em situação de risco e sendo facilmente capturados.
A fluoxetina vai parar na água através do esgoto, que leva secreções humanas que contém a substância para rios e mares. Biólogos se preocupam com o comportamento das populações de camarões já que, se grande parte delas entrar em contato com a fluoxetina, isso pode causar um desequilíbrio no ecossistema.
Segundo biólogos marinhos da Universidade de Portsmouth muito do que os humanos consomem acaba nos crustáceos. O café, por ser muito consumido nos Estados Unidos, está fazendo com que a concentração de cafeína nos mares da região seja muito grande.
Mas não são só os camarões que sofrem com isso. Tanto eles quanto ostras estão devolvendo toxinas para quem os consome – ou seja, nós!
Adultos estão ingerindo dioxina, um poluente “comum”, através de frutos do mar. Essa toxina pode causar diabetes, doenças cardíacas, câncer, endometriose, menopausa antecipada e reduzir a testosterona. Segundo as pesquisas, somos expostos à quantidades de dioxina cerca de 1200 vezes superiores ao que é considerado seguro.


Fonte: http://hypescience.com/antidepressivos-na-agua-fazem-com-que-camaroes-se-%E2%80%9Csuicidem%E2%80%9D/

Estudo: tempestade derruba meio bilhão de árvores na Amazônia

Um estudo realizado por cientistas brasileiros e norte-americanos concluiu que uma violenta tempestade de grande porte ocorrida em janeiro de 2005 causou a perda de mais de 500 milhões de árvores na Região Amazônica, o equivalente a três anos de desmatamento na Amazônia Legal.
Tempestade na Amazônia 2005
Os dados foram computados utilizando-se imagens de satélites e relatos de habitantes que viviam próximos às áreas afetadas e refletem o ocorrido entre 16 e 18 de janeiro de 2005, quando uma vasta linha de instabilidade de 200 km de largura e 1000 km de comprimento vinda de sudoeste atravessou a bacia amazônica. O fenômeno provocou pesadas tempestades que causaram diversas vítimas fatais em Santarém, Manacapuru e Manaus.
Na ocasião, ventos verticais com até 140 km por hora partiram árvores ao meio. Em muitos casos, as árvores atingidas derrubaram outras espécies vizinhas, em um verdadeiro dominó de destruição.
O estudo será publicado esta semana na revista científica Geophysical Research Letters e foi elaborado por pesquisadores da ESALQ - Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, ligada à Universidade de São Paulo, Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPA), Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA), Universidade estadual Paulista (UNESP) e Tulane University, de Nova Orleans, EUA.

Estudo
De acordo com o professor Edson Vidal, da ESALQ, existem em média 180 árvores por hectare na Região Amazônica. Segundo Vidal, a análise feita pelo INPE entre 2007 e 2009 mostrou que foram desmatados 32.026 quilômetros quadrados. Isso equivaleria à 576 milhões de árvores derrubadas no período da tempestade.
seca na amazônia
Estudos anteriores já atribuíam o aumento na mortalidade das árvores em 2005 à forte seca prolongada que atingiu parte da floresta, mas o novo estudo identificou novas áreas atingidas e que não haviam sido computadas na ocasião, incluindo quedas de grupo árvores menores que não são detectadas pelo satélite, mas foram relatadas pelas pesquisas de campo.
No entender de Robinson Negrón-Juárez, da Universidade de Tulane, nos três dias da tempestade, entre 441 e 663 milhões de árvores foram destruídas em toda a floresta. Isso equivale a três anos de desmatamento na região da Amazônia brasileira. Nas áreas mais atingidas constatou-se que cerca de 80% das árvores foram derrubadas.
"Tempestades destrutivas que se movem do nordeste em direção ao sudeste da Amazônia são relativamente comuns e ocorrem até quatro vezes por mês. Raras e pouco estudadas são os sistemas que sem movem em direção oposta, como esse que ocorreu em 2005", disse Negrón-Juárez.
Segundo os autores do trabalho, o estudo revelou perdas muito maiores do que se pensava e sugere que devido às mudanças climáticas, tempestades altamente destrutivas deverão se tornar mais comuns naquela região, destruindo mais árvores e aumentando ainda mais as concentrações de carbono na atmosfera.


quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Desvendada a Estrutura do Genoma HIV-1

A estrutura de um genoma completo do vírus HIV-1, causador da Aids, foi desvendada pela primeira vez por pesquisadores da Universidade da Carolina do Norte (UNC) em Chapel Hill, nos Estados Unidos.
Os resultados, segundo os cientistas responsáveis pelo feito, terão grande impacto no entendimento das estratégias utilizadas pelos vírus para infectar humanos. O estudo traz novas informações sobre a relação regulatória entre a estrutura e função do RNA e o vírus.
O estudo, que ganhou a capa da edição desta quinta-feira (6/8) da revista Nature, também abre as portas para futuras pesquisas que possam acelerar o desenvolvimento de medicamentos antivirais.
Como já era esperado, a composição dos nucleotídeos influencia a produção de proteínas, mas o estudo também mostrou que a tradução e a capacidade de se dobrar também são influenciadas por esses elementos estruturais do RNA.
A exemplo dos vírus que causam gripe, hepatite C e poliomielite, o HIV carrega sua informação genética em uma fita única de RNA, em vez da fita dupla (em hélice) do DNA. A informação codificada em DNA corresponde quase que inteiramente à sequência de seus componentes elementares – os nucleotídeos. Mas a informação codificada em RNA é mais complexa: o RNA é capaz de se dobrar em intrincados padrões e estruturas tridimensionais.
De acordo com Kevin Weeks – professor de química da Faculdade de Artes e Ciências da UNC, que conduziu o estudo –, antes desse novo trabalho pesquisadores haviam modelado apenas pequenas regiões do RNA do HIV, que é muito grande, composto por duas fitas de quase 10 mil nucleotídeos cada.
Joseph Watts, pós-doutorando da área de química do Centro de Câncer Lineberger da UNC, e Weeks, que também atua nesse centro, utilizaram uma tecnologia desenvolvida em seu laboratório – o sistema de alto desempenho de análise de RNA conhecido como Shape – para estudar a arquitetura dos genomas do HIV isolados a partir de culturas contendo trilhões de partículas virais que foram cultivadas por Robert Gorelick e Julian Bess, do Instituto Nacional do Câncer dos Estados Unidos.
Em seguida, eles passaram a trabalhar em conjunto com pesquisadores da Faculdade e da Escola de Medicina da UNC em uma análise mais aprofundada. O grupo descobriu que as estruturas do RNA têm influência em várias etapas do ciclo infeccioso do HIV.
“Existem tantas estruturas do genoma RNA do HIV que temos quase certeza de que elas desempenham um papel até agora subestimado na expressão do código genético”, disse Weeks.
Os cientistas apontam que o estudo dá uma contribuição importante para que pesquisas futuras possam desvendar papéis do genoma de RNA no ciclo de vida desses vírus.
“Uma abordagem possível consistirá em alterar a sequência do RNA e ver se o vírus percebe essa mudança. Se o vírus não crescer tão bem ao ser alterado com mutações, então saberemos que mexemos em algo que era importante para ele”, disse Ron Swanstrom, professor de Microbiologia e Imunologia no Centro de Câncer Lineberger, outro autor do estudo.
“Também estamos começando a compreender os truques utilizados pelo genoma para ajudar o vírus a escapar da detecção pelo hospedeiro humano”, acrescentou Weeks.
O artigo Architecture and secondary structure of na entire HIV-1 RNA genome, de Kevin Weeks e outros, pode ser lido por assinantes da Nature em www.nature.com.