UM POUCO DO AUTOR!
quarta-feira, 12 de agosto de 2009
Desvendada a Estrutura do Genoma HIV-1
quinta-feira, 30 de julho de 2009
Real Tamanho dos Paquidermes
Os dinossauros eram gigantescos em comparação com os tamanhos dos animais atuais. Mas, segundo um novo estudo, os maiores animais que já andaram sobre a superfície terrestre podem não ter sido tão grandes como se imaginava.
Em artigo publicado neste domingo (21/6) no Journal of Zoology, da Sociedade Zoológica de Londres, um grupo de pesquisadores afirma que o modelo estatístico usado para o cálculo do peso dos dinossauros é falho, o que pode ter levado pesquisadores a superestimar o tamanhos dos extintos répteis.
“Os paleontólogos usam um modelo estatístico publicado há mais de 25 anos que estima o peso dos dinossauros gigantes e de outros animais grandes de linhagens extintas. Mas, ao reexaminar dados da amostra original, que serviu de referência para a produção do modelo, verificamos que ele estava seriamente errado”, disse Gary Packard, da Universidade do Estado do Colorado, nos Estados Unidos.
“Fizemos novos cálculos e observamos que os dinossauros gigantes podem ter tido até mesmo metade dos pesos que foram originalmente atribuídos”, disse Packard, um dos autores do artigo agora publicado.
Um exemplo mencionado pelos pesquisadores é o Apatosaurus louisae, um dos maiores dinossauros conhecidos. Enquanto estimativas originais colocavam o peso máximo do animal em 38 toneladas, o novo estudo aponta que ele teria 20 toneladas a menos.
Segundo os cientistas, o modelo corrigido terá importantes implicações para diversas teorias a respeito da biologia dos dinossauros, que enfoquem, por exemplo, seu metabolismo energético, necessidades alimentares e modos de locomoção.
O artigo Allometric equations for predicting body mass of dinosaurs, de Gary Packard e outros, pode ser lido por assinantes do Journal of Zoology em www.wiley.com/bw/journal.asp?ref=0952-8369.
quarta-feira, 29 de julho de 2009
Animais surgiram em lagos
Agência FAPESP – Os primeiros animais surgiram a partir da evolução de organismos unicelulares em pluricelulares, que levou cerca de 3 bilhões de anos, e nos oceanos. Pelo menos é o que se acreditava. Mas um novo estudo aponta que provavelmente só a primeira parte da afirmação é correta.
Um grupo de pesquisadores dos Estados Unidos e do Canadá descobriu em amostras de rochas escavadas na China os mais antigos fósseis de animais de que se têm notícia. Os registros paleontológicos estão depositados não em sedimentos marinhos, mas em depósitos de antigos lagos.
“Sabemos que a vida nos oceanos é muito diferente da vida em lagos e, pelo menos no mundo moderno, os primeiros representam ambientes muito mais estáveis e consistentes em comparação com os segundos, que tendem a ter duração mais curta, em termos evolucionários. Por conta disso, é surpreendente que a primeira evidência de animais esteja associada com lagos, que são ambientes que variam muito mais do que os oceanos”, disse Martin Kennedy, professor do Departamento de Ciências da Terra da Universidade da Califórnia em Riverside.
O estudo, cujos resultados serão publicados esta semana no site e em breve na edição impressa da revista Proceedings of the National Academy of Sciences, levanta importantes questões a respeito de quais aspectos do ambiente terrestre mudaram para permitir a evolução animal.
Os pesquisadores centraram o trabalho na formação Doushantuo, no sul da China, que contém fósseis altamente preservados com cerca de 600 milhões de anos.
“Nossa primeira surpresa foi descobrir na região uma abundância de um mineral chamado argila bentonítica. Em rochas com essa idade, essa argila é normalmente transformada em outros tipos. Mas a que encontramos não passou por tal transformação e mantém uma química especial que, para que tenha sido formada, exige condições específicas na água. Justamente condições comumente encontradas em lagos salgados e alcalinos”, disse Tom Bristow, colega de departamento de Kennedy e outro autor do estudo.
Segundo os pesquisadores, análises feitas mostraram que os minerais e a composição química das rochas não são compatíveis com depósitos sedimentares de ambientes marinhos. “Há muitas linhas de evidência que indicam que esses primeiros animais viveram em ambientes lacustres”, disse Bristow.
“É possível que existam outros organismos tão ou mais velhos em ambientes marinhos que ainda não foram descobertos. Mas nosso trabalho mostra que a gama de hábitats dos primeiros animais é muito mais extensa do que se imaginava. Ele também levanta a possibilidade intrigante de que a evolução animal ocorreu primeiramente em lagos e está ligada a um aspecto ambiental único de tais ambientes”, disse Kennedy.
De acordo com o pesquisador, como lagos não estão geralmente ligados com outras formações semelhantes e são muito menores do que oceanos, pode ter ocorrido uma evolução em paralelo de organismos. “Agora, precisamos esperar para ver se fósseis semelhantes são encontrados em outros locais”, apontou.
O artigo Mineralogical constraints on the paleoenvironments of the Ediacaran Doushantuo Formation, de Thomas Bristow e outros, poderá ser lido em breve por assinantes da Pnas em www.pnas.org.
segunda-feira, 27 de julho de 2009
Tunguska
Ocorrido há mais de 100 anos, em 30 de Junho de 1908 às 7h15 da manhã, evento ainda é uma incógnita para a ciência. Tunguska é um rio na região da Sibéria Central onde, às 7h15 da manhã de 30 de junho de 1908, houve uma gigantesca explosão após uma bola de fogo ser vista atravessando o céu. Não foram encontrados vestígios de meteorito, mas uma onda de impacto devastou toda a região do lago Baikal, afetando em menor grau todo o norte da Europa. Este evento recebeu o nome desta região, evento de Tunguska.
O que exatamente foi isso
Ao cruzar o céu e em seguida tocar o horizonte (segundo testemunhas), uma bola de fogo gerou uma enorme explosão caindo próximo à bacia do Rio Tunguska, uma região remota e praticamente desabitada. Foram destruídos aproximadamente
Segundo consta o impacto fora tão violento que liberou uma energia 1000 vezes superior à explosão da bomba de Hiroshima, o estrondo foi ouvido a 800km de distância e há relatos de pessoas que estavam a mais de 60km do local disseram que sentiram uma forte onda de calor. Durante dois dias em Londres, a cerca de dez mil quilômetros de distância do evento, se podia ler jornal à noite graças à luminosidade remanescente, enquanto a finíssima poeira dispersava-se na atmosfera terrestre se aproximando de regiões cada vez mais distantes.
Possíveis Explicações
O evento ocorrido em Tunguska, segundo alguns físicos nucleares, pode ter sido algum fragmento de antimatéria destruído em energia ao se deslocar na atmosfera Terra lançando raios gama. O que contradiz esta teoria é a ausência de radioatividade residual em quantidade significativa.
Alguns físicos postulam a passagem de um minúsculo buraco negro pela Terra, porém não existem registros de ondas de choque provenientes do Atlântico Norte. Pode-se dizer que existe uma unaminidade no evento: “a gigantesca explosão seguida de uma monumental onda de choque e incêndio na floresta.”
Os cometas são formados principalmente de gelo de metano (CH4), gelo de amônia (NH3), e gelo de água (H2O). Entrando na atmosfera da Terra com uma velocidade de
No caso de Tunguska o cometa desintegrado-se a 6km de altitude pela atmosfera terrestre explicaria a presença de pequenas esferas de silício espalhadas pela região e assim a ausência de cratera além de, segundo alguns, o achamento de micro-diamantes
Estes diamantes são formados pela enorme pressão e temperatura no momento de reentrada e no impacto com a superfície. A matéria prima é o carbono do metano do próprio cometa que se aquece rapidamente e não se dispersa, ao contrário do hidrogênio. Foram estes minúsculos diamantes que Emlen V. Sobotovich encontrou na região do suposto impacto cometário. Estudiosos têm encontrado freqüentemente micro-diamantes em regiões impactadas por meteoritos que provavelmente se formaram em interiores cometários e sobreviveram à entrada na atmosfera. Também não existem vestígios de cratera de impacto na região.
Porém há outros pesquisadores que acreditam que o mais provável seja que a área tenha sido atingida por consecutivos impactos de asteróides. Outra teoria de um cometa, sustentada por cientistas russos, é que a explosão tenha sido causada por um violento choque de um cometa gasoso.
Mas ainda hoje o fenômenos permanece sem explicação. Parece apenas mais uma curiosidade senão fosse o fato de que, como não soubemos o que aconteceu, sempre existe a chance de algo assim se repetir porém em uma região superpolosa como Tokio, Nova York ou São Paulo!
sábado, 25 de julho de 2009
Origem do Universo
Universo: Origem e Evolução
Big Bang :Teoria mais aceita sobre a origem do Universo, enunciada em 1948 pelo cientista russo naturalizado norte-americano George Gamow (Guiorgui Gamov). Segundo ela, o Universo teria nascido entre 13 e 20 bilhões de anos atrás, a partir de uma concentração de matéria e energia extremamente densa e quente. Como hoje se observa que as galáxias estão todas se afastando umas das outras, os físicos são levados à conclusão de que houve um instante no passado distante em que elas estavam bem próximas. No limite, nesse momento, o tamanho do Universo seria zero. Aí, toda a matéria contida nele estaria espremida num único ponto, de tal modo concentrada que sua temperatura seria infinita. Esse ponto deve ter sido o começo dos tempos, pelo qual tem início a expansão das galáxias, que os cosmologistas descrevem como uma explosão, ou seja, o Big Bang. Uma evidência do Big Bang, descoberta em 1965 por Arno Penzias (1933-) e Robert Wilson (1936-), é seu brilho "fóssil", resultado da separação entre átomos e luz há cerca de 13 bilhões de anos. Essa radiação permanece no espaço e, embora já não tenha a forma de luz visível, pode ser captada como um ruído de microondas. Seu nome é radiação de fundo cósmica. Pela sua descoberta, Penzias e Wilson ganham o Prêmio Nobel de Física em 1978. Em 1990, o satélite Cosmic Background Explorer (Cobe), lançado pela Nasa (Administração Nacional de Aeronáutica e Espaço), faz um mapeamento das regiões onde há essa energia.
Uma das grandes questões da cosmologia moderna é a determinação mais precisa da taxa de expansão do Universo. As mais recentes observações astronômicas, obtidas no final de 1998, indicam que seu ritmo de expansão está aumentando cerca de 5% a 6% a cada bilhão de anos. O valor dessa taxa foi definido com grande precisão por duas grandes equipes, dirigidas pelos norte-americanos Saul Perlmutter e Brian Schmidt.
Formação do Universo - Desde sua formação, o Universo vem se expandindo e resfriando. No primeiro milionésimo de segundo, ele contém somente uma mistura de partículas subatômicas, como os quarks e os elétrons, que são as formas de matéria mais fundamentais conhecidas. Essa primeira etapa da história da matéria é muito breve, pois os quarks, que se movem inicialmente a velocidades próximas à da luz, logo se desaceleram em razão da redução da temperatura e, por isso, deixam de existir como partículas livres. Eles se associam uns aos outros para formar os prótons e os nêutrons. Assim, entre 1 e 10 minutos de idade do Cosmo ocorre um evento extraordinário, que é a chamada nucleossíntese primordial. É que já não resta nenhum quark, apenas prótons, que servem de núcleo atômico para o átomo de hidrogênio, o mais simples que há, e bolotas feitas de dois prótons e dois nêutrons, que são os núcleos de hélio, o segundo átomo mais simples. Toda a massa do Universo é agora constituída desses dois núcleos na proporção de 75% de hidrogênio e 25% de hélio. Ainda hoje, como uma reminiscência desse passado longínquo, são esses os dois principais elementos químicos mais abundantes existentes. Mais de 90% de tudo o que há no Cosmo é hidrogênio ou hélio. A terceira fase da história começa cerca de 300 mil anos depois, com a união dos elétrons aos núcleos atômicos para formar os primeiros átomos completos. Com isso, ocorre outro fato importante, que é separação entre a luz e a matéria. A luz, que até então estava espremida entre elétrons e núcleos e, por isso, era obrigada a acompanhar a expansão cósmica no mesmo ritmo que eles, passa, daí para a frente, a caminhar livremente. O Universo torna-se transparente e os fótons, que são partículas de luz, já quase não interagem com os átomos. Muitos deles vagueiam pelo espaço e podem, atualmente, ser capturados pelos telescópios. São o brilho "fóssil" do Big Bang. Por fim, o quarto período da saga cósmica acontece aproximadamente um bilhão de anos depois do instante zero, com os átomos agregando-se para formar as primeiras galáxias.
Expansão do Universo - Baseado
Teoria das Cordas !
A Teoria das cordas (ou teoria das supercordas)
O interesse na teoria das cordas é dirigido pela grande esperança de que ela possa vir a ser uma teoria de tudo. Ela é uma possível solução do problema da gravitação quântica e, adicionalmente à gravitação, ela poderá naturalmente descrever as interações similares ao eletromagnetismo e outras forças da natureza. As teorias das supercordas incluem os férmions, os blocos de construção da matéria. Não se sabe ainda se a teoria das cordas é capaz de descrever o universo como uma precisa coleção de forças e matéria que nós observamos, nem quanta liberdade para escolha destes detalhes a teoria irá nos permitir. Nenhuma teoria das cordas fez alguma nova predição que possa ser experimentalmente testada.
Trabalhos na teoria das cordas têm levado a avanços na matemática, principalmente em geometria algébrica. A teoria das Cordas tem também levado a novas descobertas na teoria da supersimetria, que poderá ser testada experimentalmente pelo Grande Colisor de Hádrons. Os novos princípios matemáticos utilizados nesta teoria permitem aos físicos afirmarem que o nosso universo possui 11 dimensões, 10 espaciais e 1 temporal e isso explicaria as características das forças fundamentais da natureza.
O estudo das chamadas teorias das cordas foi iniciado na década de sessenta e teve a participação de vários físicos para sua elaboração. Essas teorias se propõem a unificar toda a física e unir a Teoria da relatividade e a Teoria Quântica numa única estrutura matemática. Embora não esteja totalmente consolidada, a teoria mostra sinais promissores de sua plausibilidade.
A teoria das cordas foi originalmente inventada para explicar as peculiaridades do comportamento do hádron. Em experimentos em aceleradores de partículas, os físicos observaram que o momento angular de um hádron é exatamente proporcional ao quadrado de sua energia. Nenhum modelo simples dos hádrons foi capaz de explicar este tipo de relação. Um dos modelos rejeitados tenta explicar os hádrons como conjuntos de partículas menores mantidas juntas por forças similares à força elástica. A fim de considerar estas “trajetórias de Regge” os físicos voltaram-se para um modelo onde cada hádron era de fato uma corda rotatória, movendo-se de acordo com a teoria da relatividade especial de Einstein. Isto levou ao desenvolvimento da teoria bosônica das cordas, que ainda é, geralmente, a primeira versão a ser ensinada aos estudantes. A necessidade original de uma teoria viável para os hádrons foi completamente preenchida pela cromodinâmica quântica, a teoria dos quarks e suas interações. Tem-se a esperança agora que a teoria das cordas ou algumas de suas descendentes irão prover uma compreensão mais fundamental dos quarks em si.
A teoria bosônica das cordas é formulada em termos da ação Nambu-Goto, uma quantidade matemática que pode ser usada para predizer como as cordas se movem através do espaço e do tempo. Pela aplicação das idéias da mecânica quântica às ações Nambu-Goto — um procedimento conhecido como quantização — pode-se deduzir que cada corda pode vibrar em muitos diferentes modos, e que cada estado vibracional representa uma partícula diferente. A massa da partícula e a maneira que ela pode interagir são determinadas pela forma de vibração da corda — em essência, pela “nota” que a corda produz. A escala de notas, cada uma correspondente a um diferente tipo de partícula, é denominada o “espectro” da teoria.
Estes modelos iniciais incluem cordas abertas, que têm duas pontas distintas, e cordas fechadas, onde as pontas são juntas de forma a fazer uma volta completa. Os dois tipos de corda diferem ligeiramente no comportamento, apresentando dois espectros. Nem todas as teorias de cordas modernas usam estes dois tipos; algumas incorporam somente a variedade fechada.
Entretanto, a teoria bosônica tem problemas. Mais importante, como o nome implica, o espectro de partículas contém somente bósons, partículas como o fóton, que obedecem regras particulares de comportamento. Ainda que os bósons sejam um ingrediente crítico do universo, eles não são o únicos constituintes. Investigações de como uma teoria poderia incluir férmions em seu espectro levaram à supersimetria, uma relação matemática entre os bósons e férmions, que agora forma uma área independente de estudo. As teorias de cordas que incluem vibrações de férmions são agora conhecidas como teorias das supercordas. Vários tipos diferentes de supercordas têm sido descritos.
Nos anos 90, Edward Witten e outros encontraram fortes evidências de que as diferentes teorias de supercordas eram limites diferentes de uma teoria desconhecida em 11 dimensões, chamada de Teoria-M. Esta descoberta foi a espoleta da segunda revolução das supercordas. Vários significados para a letra “M” têm sido propostos; físicos jocosamente afirmam que o verdadeiro significado só será revelado quando a teoria final for compreendida.
Muitos dos desenvolvimentos recentes nestes campos relacionam-se às D-branas, objetos que os físicos descobriram que também devem ser incluídos em qualquer teoria de cordas aberta O termo “teoria das cordas” pode referir-se tanto à teoria bosônica das cordas, com 26 dimensões, como à teoria das supercordas, descoberta pela adição da supersimetria, com suas 10 dimensões. Atualmente, o termo “teoria das cordas” usualmente refere-se à variante supersimétrica, enquanto as anteriores são designadas pelo nome completo “teoria bosônica das cordas’.
Enquanto a compreensão de detalhes das teorias das cordas e supercordas requer uma considerável sofisticação matemática, algumas propriedades qualitativas das cordas quânticas podem ser compreendidas de forma intuitiva. Por exemplo, cordas quânticas têm tensão, da mesma forma que um barbante. Esta tensão é considerada um parâmetro fundamental da teoria e está intimamente relacionada ao seu tamanho. Considere uma corda em loop fechado, abandonada para se mover através do espaço sem forças externas. Esta tensão tenderá a contraí-la cada vez mais para um loop menor. A intuição clássica sugere que ela deva encolher até um simples ponto, mas isto violaria o Princípio da incerteza de Heisenberg. O tamanho característico do loop da corda é um equilíbrio entre a força de tensão, atuando para reduzi-lo, e o princípio da incerteza, que procura mantê-lo aberto. Conseqüentemente, o tamanho mínimo de uma corda deve estar relacionado com a tensão que ela sofre.
Luta pela Terra !
As mudanças da estrutura social no campo
As fortes mudanças ocorridas na estrutura social do campo, se dão por base nas politicas de modernização subsidiadas pelo Estado e o crescimento da agroindústria dentro do rural, ou seja o rural deixou de ser rural após a entrada da industria com apoio do Estado, o rural nesse ponto passa a ser agrícola, onde o médio e grande produtor escolhem as melhores leis de mercado, os favorecendo e em contra partida, se deixou de lado a agricultura familiar, onde se produz a maior parte de alimentos que estão suprindo as necessidades da cidade, e o médio e o grande produtor tem a terra apenas para o lucro, portanto ele não produz alimento e sim produtos para industria, porém se não tem politicas que apóiem a agricultura familiar e as protejam, elas ficam a merce do agronegócio, onde pra elas fazerem parte terão que dispor de muito dinheiro para elevar a qualidade da produção e se igualar a qualidade de produtos do grande agricultor, fazer investimentos em implementos agrícolas, para diminuir o tempo da produção, somente neste processo já praticamente exclui o pequeno produtor, pois ele não tem esse dinheiro todo para ser investido, criando assim as politicas de assistência ao pequeno produtor que libera credito ao “agricultor” para que possa se adequar as exigências da industria, esses empréstimos são feitos a juros “baixos”, e o pequeno produtor pega uma pequena quantidade apenas, para poder investir em sua lavoura e poder continuar a vender sua produção para industria, enquanto o médio e grande agricultor, pega esses empréstimos apenas para luxo, na maioria das vezes os empréstimos feitos ao grande e médio agricultor tem por finalidade compra de bens que na maioria das vezes que ficam na cidade, como automóveis, imoveis etc.
Mesmo com esse empréstimo que o governo libera para a produção as vezes não é suficiente fazendo assim o pequeno produtor recorrer a industria, pedindo dinheiro adiantado ou até mesmo empréstimo para se pagar na próxima safra, se tornando quase um escravo dela, não tendo oportunidade de escolha de preço na hora do contrato pois ela esta devendo para industria e para o banco que liberou o empréstimo, e o pequeno produtor precisa vender a produção se não vai ficar sem dinheiro para pagar suas dividas e também sem dinheiro para financiar a próxima safra, assim o pequeno produtor acaba vendendo sua colheita a preços baixos que mal pagam suas despesas na lavoura e sobra o básico para sobrevivência. Aos poucos fazendo com que a agricultura familiar acabe sobrando apenas o agronegócio, e expulsando as familias do campo, fazendo com com que o camponês venda sua terra, aumentando ainda mais o êxodo rural.
Porém ainda existe a resistência rural, que faz força contra o capitalismo e a industria dentro da agricultura, são os chamados movimentos sociais no campo, como por exemplo o MST (Movimento dos Sem Terra) e