A agência espacial americana (Nasa), monitorou através de imagens de satélite, o desprendimento de um bloco de gelo de 7 km² pertencente à geleira Jakobshavn Isbrae na costa oeste da Groenlândia. O processo de rompimento ocorreu entre os dias 6 e 7 deste mês. O pedaço de gelo perdido equivale a um oitavo do tamanho da ilha de Manhattan (NY).
Os cientistas ficaram surpresos com a rapidez do episódio. Um degelo detectado assim em poucas horas foi considerado um fenômeno novo para os estudiosos. "Embora tenham ocorrido outros eventos da mesma magnitude no passado, esse caso é incomum porque vem logo após um inverno mais quente em que não há gelo formado em torno da baía", declarou Thomas Wagner, cientista da agência americana.
Uma equipe de pesquisadores tem monitorado a Groenlândia e suas geleiras resultantes utilizando imagens de satélites e as observações só reforçam a teoria de que o aquecimento dos oceanos tem sido responsável pelo derretimento do gelo observado em toda região e na Antártida.
Os satélites Landsat, Terra e Aqua ajudam a dar uma noção ampla da transformação do gelo em ambos os pólos. Na recente observação, os pesquisadores receberam imagens da DigitalGlobe e do WorldView 2 mostrando as fendas e as rachaduras se formando.
Além do sensoriamento remoto, a Nasa vai financiar a implantação de GPS, câmeras e equipamentos científicos no topo do gelo para acompanhar a evolução da transformação da região.
O glaciar Jakobshavn Isbrae diminuiu mais de 45 quilômetros nos últimos 160 anos, sendo 10 quilômetros só na última década. Para os cientistas, 10% de todos os icebergs que se desprendem na Groenlândia procedem da geleira de Jakobshavn. Assim sendo, ela é considerada a maior contribuinte para o aumento do nível do mar no hemisfério norte do planeta.
Fonte: http://www.apolo11.com/mudancas_climaticas.php?posic=dat_20100713-102323.inc
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